Anacom insiste em reduzir o prazo máximo de fidelização para seis meses, um tema que ressurge de tempos em tempos. Mas o Governo terá dificuldade em justificar politicamente uma nova alteração à lei.
Certo dia alguém me disse que é mais fácil pedir o divórcio do que rasgar um contrato de telecomunicações em Portugal. As operadoras prendem os clientes por dois anos com recurso a cláusulas de fidelização. Quando esse vínculo chega ao fim, arranjam forma de prendê-los outra vez.
O tema das fidelizações reaparece de tempos em tempos e voltou à tona esta semana, quando a Anacom convocou os jornalistas para insistir numa proposta que já tinha feito no passado: passar de 24 para seis meses o prazo máximo de fidelização. Para o regulador, a gota de água foram os aumentos de 7,8% que Meo, Nos e Vodafone estão a promover, e que chegaram aos clientes das duas primeiras precisamente esta quarta-feira.
Publicado originalmente no ECO.
3 de fevereiro de 2023, às 8:58